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terça-feira, 28 de setembro de 2010

João Evangelista

Lembro do seu sorriso, tão sincero e despreocupado. A sua feição resplandecia muita verdade. O seu semblante era de um homem feliz com a vida, apesar dos seus pesares. Alguns diziam que era único o seu modo de enxergar as coisas, para mim significava a sabedoria e experiência adquirido com trabalho e estudo mais a submissão a um Deus de todas as causas.

Ainda guardo o seu retrato, não aquele que guardo na gaveta, na estante; mas o qual guardo no coração.A educação, a honra e a honestidade com que levou dignamente a sua trajetória na Terra muito acrescentou a minha personalidade. Me fez enriquecer nos ensinamentos, enobreceu-me à essência sem macular o meu ego, pois a humildade sempre pregou nos teus discursos. Guardo seu caráter no meu íntimo, e nas minhas veias corre o sangue pulsante para propagar o bem, a caridade.

Hoje escrevo esta pequena homenagem, não que eu me sinta devedor, afinal esta reverência póstuma não é a primeira e nem a segunda que te presto. Foi no seu tempo aqui, que te prestei a minha atenção, o meu amor e a minha companhia. Quando muitos já não o entendia, pois sua fala já não era perfeita e teu humor já não era são, eu ainda pude notar por de traz dos teus olhos cansados, uma vontade grande de viver. E é nesses momentos que podemos aprender com ênfase, com aqueles que tanto tem a nos dizer, mesmo que com palavras não possam se fazerem entender.

A tua alegria nestes dias sucedem quando me relembro do prazer e satisfação que senti ao compartir contigo, vários e saudosos momentos de minha vida. É fato que sua herança contém a alegria de um sorriso sincero, a dedicação para ajudar e submissão ao grande Pai e Senhor de todos os oprimidos. Tenho orgulho de ser descendente de alguém de tão nobre coração, reconhecido por todos os que tiveram este prazer de lhe conhecer e aprender com sua língua afiada e apurada.Ainda está porvir alguém de nome e tão prestígio por estas bandas.

Nesta carta tive a ambição de descrever em modesto resumo, o quão significante foi a sua existência, não tão somente para mim ou nossa família, mas a todos aqueles que ouviram falar de você, um tal de João, seu João, comandante, pai, avô, bisavô, esposo, irmão, amigo, íntimo, figura, pessoa, cidadão, militar...
 




Tarcio Tavares




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