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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O eu-lírico

Destes 23 anos, que marcados por ataques de serpentes à traição,
eu trago comigo a certeza de que não sou igual a qualquer um
que apareça.N
ão sigo mitos, não os idolatro, não tendo às suas
modas, nem cultivo suas imagens; sou um auto-retrato, auto-imune,
autónomo de diversidades.
Busco na minha história algo pra seguir, pois sei o que passei, o
quanto que chorei, e é muito mais que uma música possa dizer,
é mais 
do que uma ideologia possa conter, é um universo de
sentimentos, de sofrimentos, lamentos, é acima de tudo
aprendizado.Onde levo comigo 
os erros do passado dilatados,
superados.E sigo viajante, na certeza que minha vida não é igual
ao que se vê.Jovens deslumbrados por uma celebridade, 
e essas
tempestades, que ao se desfalecerem, matam os pobres desalmados,
mal-amados.Minha vida não se resume ao um poema de um
rosto 
conhecido, que tem no seu íntimo, nada que ver com meu
destino.Em desalinho, meu peito segue seu destino.Sempre
em frente, sem correntes 
para fazerem-me perder num mar de perdição,
onde no fim, é sempre a solidão sua companheira.Não contendo
dentro de minha alma, lixo, que o i
mundo deste mundo insiste em
ploriferar, incluído nessas convenção dos que se transvestem de
sentimentos bons, mas que em suas falas subentendem ideologias
mortíferas.
O triste é saber que pessoas vão se enganando por sentimentos
que não são seus.Sentimentos esses que provém de outro coração.E
o perigo que se esconde aí, é o que se vem nesse pacote.Não sabemos
a intenção do autor da obra, ou de suas perspectivas.Um verso nem sempre
é de rosas, um jardim, uma borboleta.Muita das vezes somos traídos
por suas poesias.Atraídos por falsos sentimentos, falsos por não se
tratarem de si, mas dos que escrevem, compõem; e obscuros quando
se escreve dizendo algo, mas desejando males, ultrajando lares.


Tarcio Tavares

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